Gil Leal e Canela cumprem mais uma promessa de campanha: o HTO Dona Lindú

O município de Paraíba do Sul ganhou nesta quinta-feira, 24/7, o Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu (HTO), primeiro da rede própria especializado em cirurgias ortopédicas de média e alta complexidade. Com capacidade para realizar 2,2 mil procedimentos cirúrgicos por ano neste início de atividades, a unidade foi inaugurada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pelo secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, pelo diretor do departamento de gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Oscar Berro, que representou o presidente Luis Inácio Lula da Silva e o ministro da Saúde José Gomes Temporão e pelo prefeito de Paraíba do Sul, Gil Leal. As obras foram retomadas pela atual gestão em julho de 2009, depois de terem sido abandonadas pelo governo anterior em 2005. A Sesdec investiu R$ 22 milhões no hospital, sendo que, deste total, R$ 11 milhões foram gastos em equipamentos. Entre os aparelhos está um tomógrafo de 16 canais, o mais moderno da rede estadual.

O HTO Dona Lindu vai atender a uma população estimada em mais de um milhão de habitantes das regiões do Médio Paraíba e Centro Sul, porém vai beneficiar também pacientes de todo o Estado, por meio de parceria com o Ministério da Saúde, via Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) – que até então era a única unidade pública especializada em cirurgias ortopédicas de média e alta complexidade no Estado e que atende pacientes de todo Brasil.

– O orçamento anual da cidade de Paraíba do Sul é de R$ 48 milhões. Só no Hospital Dona Lindu serão gastos por ano R$ 60 milhões, R$ 5 milhões ao mês. Desse total mensal, R$ 3 milhões são do Estado e R$ 2 milhões são da União, através do Into que vai ajudar a financiar a compra de insumos especializados, como órteses e próteses. O Instituto também vai colaborar com ações de cooperação técnica e científica – declarou o governador Sérgio Cabral.

Durante a inauguração, o governador leu uma carta do presidente Lula, que está em visita às regiões atingidas pelas fortes chuvas no Nordeste. Na carta o presidente disse que estava muito emocionado com o fato de sua mãe, Dona Lindu, dar nome a um hospital que vai salvar tantas vidas.

– No ano de 2009, o recorde de cirurgias ortopédicas no país foi do Into, com 1.500 procedimentos no ano. O segundo lugar ficou com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que fez 850 cirurgias no ano. Só no primeiro ano de funcionamento, o Dona Lindu vai fazer 900 procedimentos. O Dona Lindu, assim como o Hospital da Mulher, foi encontrado pela atual gestão como um esqueleto. Agora, a unidade irá colocar a região Centro Sul fluminense em segundo lugar no país na produção de cirurgia ortopédica – afirmou o secretário Sérgio Côrtes.

O secretário anunciou ainda a reforma do Hospital Municipal Nossa Senhora da Piedade, em Paraíba do Sul, que irá ganhar novos leitos de UTI. Na área da unidade será construída uma mini UPA. A obra faz parte de um convênio entre a Sesdec e o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), que vai direcionar R$ 4,5 milhões para essa reforma.

– Estamos muito contentes em Paraíba do Sul, porque além do Governo do Estado acabar com essa novela da obra do Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, que se estende desde 2005, o nosso hospital municipal vai receber recursos para abertura de novos leitos de UTI – comemorou o prefeito de Gil Leal.

Dentro do grupo de usuários que serão atendidos no HTO Dona Lindu estão mais de mil pacientes que são da região e estão aguardando na fila de cirurgias do Into. O hospital vai atender pacientes encaminhados por unidades da rede pública, ou seja, postos de saúde e hospitais, via Central Estadual de Regulação de Leitos. A unidade também vai disponibilizar serviços de ambulatório e exames complementares, além de oferecer ao paciente operado o atendimento pós-cirúrgico. Ao todo, são 80 leitos, sendo que, deste total, 13 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O hospital conta ainda com dois centros cirúrgicos – que somam cinco salas de cirurgia.

A Sesdec definiu o perfil que teria a unidade – que inicialmente havia sido planejada para ser um hospital geral – para suprir a demanda existente por atendimento traumatológico e ortopédico, em função do aumento da violência urbana, principalmente os acidentes de trânsito, e o aumento da longevidade na população.